Sereia (A) (1900)

                 Título: A Sereia
                 Autor: Camilo Castelo Branco (1825-1890)
        Publicação: Lisboa : Empreza da Historia de Portugal, 1900
   Ilustrações de: Alfredo Roque Gameiro (1864-1935)
                           Manuel de Macedo (1839-1915)
Descrição física: 327, [15] p. : il. ; 23 cm
           Colecção: Romances dos bons auctores portuguezes ; 2
        Informação: Biblioteca Nacional de Portugal
               Ver em: Internet Archive em PDF
 
     Este romance da autoria de Camilo Castelo Branco teve várias edições, factor que atesta que a obra foi ao encontro do interesse do público. A edição de 1900, ilustrada por Roque Gameiro e por Manuel de Macedo, foi editada pela Empreza da Historia de Portugal, em Lisboa, na colecção intitulada Romances de bons autores portugueses.
     O início da acção, bastante movimentada, situa-se em 1762 e consta de situações que envolvem casos romanescos de desfecho trágico.
     Em jeito de prólogo, o romance inicia-se por um pequeno poema em tercetos:
Em noutes de lua cheia, Já se não ouve o cantar D'aquella triste sereia
Oh pobre moça cahida Já sobre ti se fecharam Os abysmos desta vida!
Mas um raio de luz pura Côa-se através dos vidros Sobre a tua sepultura.
     E o autor prossegue no seguinte teor, revelando a génese do trabalho: "Estes melancólicos tercetos, escriptos há cem annos, que significação tiveram? N'um livro manuscripto e datado de 1768, os encontrei. Em cincoenta paginas de prosa do mesmo manuscripto descobri o segredo dos versos".1
     É provável que a data do romance se situe por volta de 1862. Para o afirmarmos, baseamo-nos em dados fornecidos indirectamente por Camilo Castelo Branco. O primeiro capítulo abre com as seguintes palavras: "Estamos no dia 75 de maio de 1762. N'aquelle tempo, os dias de maio, no Porto, eram temperados, alegres, perfumados, encantadores. A primavera há cem annos apparecia quando o calendário a dava".2
     Presumimos que a frase - Há cem annos - se reporte à data aproximada em que o escritor se dedicava à escrita da obra.
Maria Lucília Abreu
in Roque Gameiro - O Homen e a Obra, ACD Editores, 2005
1 CASTELO BRANCO. Camilo. A Sereia. Empresa da História de Portugal, dição de 1900.
2 Idem, ibidem.
 
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E depois, que trafego é este... 
Ver estudo (Casa de Roque Gameiro):
... quando a dama arquejava abraçada...
 
Ver original:
... com o fogo no coração...
 
Ver estudo (Casa de Roque Gameiro):
... dirigir uma escola para desbastar mocinhos...
 
Ver original:
Presenciou o cortejo que ladeava sua irmã...
 
Ver estudo (Casa de Roque Gameiro):
- Também eu descobri isso... 
 
Partiram as liteiras a caminho de Barcelos. 
 
Uma tarde, sentados na curela verdejante do córrego... 
Ver estudo (Casa de Roque Gameiro):
... Lançou-lhe a mão à gola da jaqueta e disse-lhe...
 
Ver estudo (Casa de Roque Gameiro) e original:
- Não, senhor, já respondi o mesmo a seu cunhado, juiz de Fóra 
Ver estudo (Casa de Roque Gameiro):
Ao despedir-se do irmão debulhou-se em pranto... 
 
Concorriam à galhofa dois frades loios, um arcediaco, dois...
 
Ver original:
... galopava à desfiada pela Sofia 
Ver estudo (Casa de Roque Gameiro):
E recebeu a chave duma grade... 
Ver estudo (Casa de Roque Gameiro):
Respondia-lhe com desabrimento, e dizia: Tenho 18 anos. 
Ver estudo (Casa de Roque Gameiro):
... provaram que eram muito mais expeditos na segunda sova 
 
Assediavam-na as freiras austeras pedindo-lhe que... 
 
Esta má nova encontrou Sebastião Godim enfermo 
Ver estudo:
... e preparava-se para escadeira-lo com um tamborete
 
Ver estudo (Casa de Roque Gameiro) e original:
O mendigo deixou cair uma carta...
 
Ver estudo (Casa de Roque Gameiro) e original:
Depois chegou fr. João... 
 
E a última família que apeou de uma lustrosa e dourada liteira... 
Ver estudo (Casa de Roque Gameiro):
... e sentaram-se nos bancos rústicos...
 
Ver estudo (Casa de Roque Gameiro) e original:
Aqui se agasalhou Gaspar até ao escurecer na pousada dos almocreves 
Ver estudo (Casa de Roque Gameiro):
O ariieiro bracejando rompeu à frente, e Gaspar... 
 
O quê? - disse o padre, deixando cair a casula...
 
Ver original:
- Está explicada a infâmia de seu filho... 
Ver estudo (Casa de Roque Gameiro):
... quando ela cantava as seguidilhas
 
Ver estudo (Casa de Roque Gameiro):
... e cai abatido pelo primeiro insulto apoplético 
 
- Uma ideia feliz! exclamou Gaspar 
Ver estudo (Casa de Roque Gameiro):
Gaspar abraçou-se-lhe nos joelhos... 
Ver estudo (Casa de Roque Gameiro):
O velho saltou ao pavimento 
Ver original (Casa de Roque Gameiro):
As filhas e esposa de Francisco da Cunha seguravam-na... 
Ver estudo (Casa de Roque Gameiro):
Encontraram-no tiritando e encolhido...
 
Ver estudo (Casa de Roque Gameiro):
Aproximou-se mais o irmão... 
Ver estudo (Casa de Roque Gameiro):
Encontraram o corpo de Gaspar entalado... 
Ver estudo (Casa de Roque Gameiro):
Foste tu que mataste minha filha... 
Ver estudo (Casa de Roque Gameiro):
Acode-me!... acode-me Gaspar!... 
Ver estudo (Casa de Roque Gameiro):
Rodearam o corajoso homem que saia da água...
 
Ver estudo (Casa de Roque Gameiro) e original:
... morreu no Bussaco um eremita...
Ver estudo (Casa de Roque Gameiro):